quarta-feira, julho 31, 2002

No Fear

Essa eu recebi de uma amiga minha. Valeu Paty!


No Fear

Pode ser que morra
Pode ser que eu nem exista
(e eu nao existo)
Não se preocupem...
Eu não vou atrapalhar mais
Que coloquem placas avisando
Que matem tudo que amo
Assim mesmo
Eu não irei pertubar mais
Obrigado a todo desprezo
A todo egoísmo
Ao sangue que eu não bebi
A esta terra que nunca pisei
Que a dor que eu sinto hoje seja
Pequena perante a de amanhã
Nesse momento, olhe para dentro da alma
Do cadáver de uma criança que morreu de fome
Eu vivo como ele
Dentro dele
Eu queria que ele estivesse vivo
E eu também...
Gostou?

terça-feira, julho 30, 2002

O Sul é Meu País!

MANIFESTO

O SUL É MEU PAÍS!


"Os povos sem ciência serão meros carregadores de água e de lenha para os povos esclarecidos"

Lord Rutherford.


"O preço da liberdade é a eterna vigilância"


Basta de assistirmos inertes à destruição dos nossos valores pela centralização política e à inviabilização do nosso crescimento econômico pelo atrelamento deste aos interesses de políticos ímprobos. A nossa população, por tudo que já fez, merece condições dignas de moradia, alimentação, saúde, educação e lazer. Estas boas condições são reflexos da justiça social e se traduzem em qualidade de vida.

Já está na hora de nós lutarmos pelas nossas indústrias, pelo nosso emprego e pelo desenvolvimento que nossos impostos deveriam promover. Será justo que, para atrairmos indústrias modernas e limpas, tenhamos que concorrer com políticas fiscais subsidiadas com o nosso próprio dinheiro? Até quando o dinheiro que deveria se destinar à educação vai continuar alimentando obras super faturadas no meio do sertão? Será que a seca é a culpada por todos os problemas que ocorrem na região nordeste do Brasil? Que dizer da roubalheira instalada em Brasília e nos nossos próprios estados?

A presente falta de autonomia política nos deixa à mercê de acintes, afrontas e abusos políticos de Brasília. Nós devemos lutar pela representatividade política que nos cabe e exigir destes representantes a defesa nossos interesses. Chega de pedir licença para fazer valer nossos direitos.

Também é hora de mostrar ao mundo que o Brasil não é só carnaval, pobreza, prostituição e futebol.

A cultura é resultado do conjunto de realizações e estudos de um povo. Ela torna viável a convivência em sociedade e faz prosperar uma nação. O desenvolvimento cultural está diretamente relacionado com o desenvolvimento social e econômico de um conjunto humano. Uma criança que não recebeu valores culturais crescerá um adulto desonesto e aproveitador, sem noções de fraternidade e amor ao próximo. Uma população inculta será eternamente manipulável e ludibriável.

Por que este país é uma enorme desordem? Por que aqui impera a desonestidade? Por que o povo brasileiro detém o rótulo de irresponsável? Por que aqui exalta-se à pobreza? Por que no Brasil o patriotismo só dá as caras na época das copas do mundo de futebol?

A cultura embasa a ordem, a ética, o senso de responsabilidade e o patriotismo. São estes valores que estão ameaçados, aqui e no resto do Brasil, sendo substituídos por uma pseudo-cultura brasileira que só prospera porque falta educação para a população.

Em uma nação em que as distâncias são tão longas, de tantos climas, topografias, raças, costumes e tradições, ter uma só cultura é impraticável. Pessoas das diferentes regiões do país encaram de maneira diversa até mesmo questões morais. Não tenciono julgar quem está certo ou errado, apenas fazê-los observar as diferenças. Nenhuma cultura deve deixar de existir. Este é um dos preceitos do movimento: conservar cada uma das culturas existentes no sul, não uni-las para a formação deste novo país. Uma nação pode ter muitas culturas, se uma não sobrepujar a outra.

Uma das características da pseudo-cultura brasileira é a aceitação passiva da miséria e das disparidades, sendo o desequilíbrio na distribuição da renda um produto desta mentalidade. Somos diariamente instados a aceitar o absurdo como sendo uma fatalidade corriqueira. Outras características desta pseudo-cultura: inversão de valores, vantagem individual sobrepondo-se ao direito coletivo no lesa-pátria cotidiano, valorização da informalidade e da facécia igualitária de aldeia (para esconder as dessemelhanças), perda do senso do ridículo, falta de comedimento, entre outras. Tudo isso é difundido e aceito sem maiores críticas pela maior parte da população, moldando um povo sem caráter.

A cultura promove a ordem, e a ordem, o progresso.

Observem que não se trata de racismo. Isto seria substituir o conceito de cultura pelo de raça, e seria uma contradição ao próprio ambiente humano da Região Sul, no qual convivem harmoniosamente diversas etnias européias, japoneses, árabes, negras, entre outros. Trata-se tão somente de uma recusa em aceitar a manipulação cultural. Conservar a nossa cultura não é crime, é um DIREITO, ou mais do que isto, um DEVER.

A autonomia possibilitaria a contenção da atual transferência de responsabilidades sociais. A pobreza migra, iludida com a esperança de melhores dias, mas não é combatida. Regiões que sob duras penas conseguiram promover um maior bem-estar ao seu povo, acabam tendo que arcar com os custos desta nova massa de subdesenvolvimento, enquanto os recursos que poderiam resolver este problema são torrados descaradamente longe dali.

A premência da separação NÃO é uma questão de preconceito contra os outros povos, igualmente injustiçados, que habitam o Brasil. O preconceito pressupõe uma prevenção pessoal, devido à cor da pele, religião, raça, etc. Não é isto que se propõe. Desde há muito tempo nós temos cobrado dos responsáveis que os impostos de nós subtraídos sejam aplicados com o máximo de rigor e responsabilidade para sanar mazelas sociais das diversas regiões do país, entretanto estes clamores jamais foram atendidos. Já é hora de darmos um basta nisto, pois tudo o que o nosso povo podia fazer já foi feito, e se tudo foi pouco é porque houve má aplicação e desvio do dinheiro.

A nossa região seria melhor administrada através da descentralização política, que aumentaria a organização do poder, otimizaria a distribuição das verbas e possibilitaria uma maior participação, fiscalização e vigilância do poder pela sociedade. O nosso atual regime federativo é cômico, pois só compete às autarquias locais legislar sobre questões menores, enquanto as grandes decisões que influem pesadamente sobre a vida destes conjuntos humanos são decididas por Brasília, freqüentemente de forma bastante obscura e parcial. Este modelo de governo revela a fragilidade de nosso sistema, dito federativo e democrático. O mesmo sistema que assim se intitula, é o que cria leis que cerceiam os direitos dos quais deveriam reger o poder: as massas.

Faz-se necessário ressaltar que este movimento não tem ligações partidárias. Como movimento popular e expontâneo, dele participam pessoas das mais diferentes correntes políticas, unidas pelo ideal da democracia plena e da liberdade irrestrita.

Alguns podem classificar este sentimento que contagia à maioria de nós como bairrismo. O bairrismo, como é chamada a percepção do amor à terra pelos que nela habitam, nada tem de errado ou antiquado. O bairrismo manifesta-se nas mais diversas nações. A terra que se habita - como nos explica o telurismo - molda o homem, seus valores e constrói a tão mencionada cultura, preceito indispensável para o desenvolvimento nas mais diversas áreas de realização humana. Mesmo sem desprezarmos as demais, é nossa terra natal, no sul do Brasil, que dá fundamento para pleitearmos pela nossa independência.

A autodeterminação dos povos é parte dos direitos naturais do homem. São os sulistas, e não os políticos dos outros estados, que têm o direito de indicar se querem permanecer governados por este falso regime federativo ou se querem construir uma nova nação moldada aos nossos interesses e da qual não precisemos nos envergonhar.

É sabido que mesmo entre nós há diversos conflitos e divergências ideológicas, entretanto é legítimo o ajuste de interesses para constituir um país aonde todos tenham o mesmo valor em face da lei. Podemos edificar uma sociedade na qual os impostos, ao invés de serem desviados, sejam revertidos em proveito dos contribuintes, sem atos altruísticos infrutíferos às custas de alheios, que destinam grande parte dos impostos pagos aqui para os estados do norte/nordeste, sem resultados visíveis. Como será possível? Descentralizando o poder, estendendo a democracia e elevando a educação à condição de maior prioridade nacional.

A pétrea lei da indissolubilidade territorial, prevista na constituição, fere o direito de liberdade. O povo não está aqui de favores, mas é o dono da terra. É necessário que nós percebamos que os governantes não são os senhores da população. As leis devem se ajustar aos anseios e necessidades dos habitantes da terra. Esta questão deve ser julgada por organismos internacionais, como a ONU, uma vez que o pleito transcende às leis brasileiras. Acaso alguém acha que o Brasil conseguiria sua independência tão cedo caso esta decisão dependesse de Portugal? Ao contrário do que pregam os privilegiados do sistema, o separatismo não é crime.

"Necessidades vitais de um povo não obedecem nem a convenções escritas"
Gal. Tasso Fragoso

Alguns devem estar se questionando se não seria melhor a opção de uma união confederada ao invés de uma independência completa. Sem dúvidas o regime confederado apresenta a vantagem de um maior mercado consumidor potencial que estaria disponível. Entretanto devemos considerar que, para a formação do estado confederado, nós dependeríamos dos outros estados da federação, condição inaceitável pois estaríamos expondo à aprovação de outrem algo que já nos é de direito. Cabe a nós legislarmos sobre os nossos direitos e pleitearmos os nossos interesses. Além disso, a representação política do sul é insuficiente para reverter este quadro. Existe uma grande disparidade na representatividade parlamentar das populações das diversas regiões brasileiras, e isto fere o direito à igualdade garantido pelo 14º artigo da constituição. A secessão sulista não lesará o direito de nenhuma outra região brasileira, apenas frustrará alguns interesses.

Soa muito bonito dizer que nós todos unidos devemos lutar pelo desenvolvimento do Brasil. Mas afinal o que vale a vontade de todos perante o atual governo? O destino nacional - e portanto também o destino pessoal de cada um - não depende da vontade do povo, mas está ao sabor dos interesses, sempre parciais e egoístas, de Brasília. Continuar tentando mudar sem repensar a tática seria insistir no erro ao invés de resolvê-lo. Quando será o momento certo para a separação? Quem acha que não há motivos suficientes para consumá-la (a separação) é porque não sabe reconhecer o momento mais propício para saltar de um barco fadado a afundar. Será este conformismo decorrente do comodismo (uma lição bem aprendida?) ou será medo das transformações?

Não devemos temer as mudanças, pois nada é estático ou imutável. Tudo se transforma e evolui. Mudar é a regra, não a exceção.

Somando-se a todas estas razões já detalhadas, existe algo ainda maior a motivar o movimento: a vontade popular. Escusada qualquer explicação, a posição favorável da maioria da população bastaria para justificar o pleito.

Apesar de estar patente a urgência da secessão, ninguém comunga com atividades terroristas. A independência deve efetivar-se de forma democrática, sendo a opinião pública dos ENVOLVIDOS favorável, pois o voto é a arma da democracia. A diplomacia, se bem aplicada e mediada, sempre dará a vitória aos justos, ao passo que a guerra é uma legitimação da violência aonde a justiça e a ética é o que menos importa.

O sul tem plenas condições de se desenvolver. Uma grande dimensão territorial nunca foi um fator que influenciasse o desenvolvimento de um país, sendo isso plenamente observável nos Países Baixos e na Confederação Helvética ou Suíça (um modelo de república confederada). O mesmo se dá em relação aos recursos naturais, porquanto o acesso a estes é plenamente possível graças ao comércio internacional, que freqüentemente é mais lucrativo que comprar aos demais estados da nossa pseudo-federação.

Muitos brasileiros, mesmo morando a centenas de quilômetros da Amazônia, consideram-se donos daquele ambiente natural. A verdade é que aquelas terras e tudo que nelas houver pertence legitimamente aos povos que lá habitam, devendo ser preservada e não irresponsavelmente explorada. Os bilhões de dólares gastos na abertura frustrada da Transamazônica estão fazendo falta no bolso de milhões de pessoas. Recursos naturais, como os minerais e os combustíveis fósseis, são bens voláteis, que só dão lucro aos países que os beneficiam e os utilizam no fabrico de produtos com valor agregado, coisa que países como o Brasil precariamente fazem.

O atual valor do PIB sulista já o posicionaria a frente de 162 países na classificação geral, e na 28º posição do ranking de países com maior IDH, sendo o maior da América Latina.

A imagem instável da economia brasileira, com corrupção generalizada e mal emprego do dinheiro público, é a principal culpada dos juros altíssimos pagos aos credores da nação, pois empregar capital no Brasil tornou-se um investimento de alto risco.

Uma vez que os impostos recolhidos no Sul sejam aplicados nesta mesma região com rigor e controle, a economia se torna mais estável e a imagem internacional aumenta. Um país com boa imagem econômica paga menos juros aos credores, possibilitando então que os recursos conseguidos sejam empregados no fomento ao desenvolvimento sem que isto estrangule a economia.

Mais importante do que todos estes valores e raciocínios é o potencial humano sulista e tudo o que este povo poderá realizar. Nunca avessa ao trabalho por mais árduo que fosse, a nossa população conseguiu destacar esta região do resto do país, e certamente num futuro próximo fará destes 577 mil quilômetros quadrados a terra com a qual os nossos antepassados sonharam, e que nós então faremos por merecer.
Gostou?

Pega Ladrão!

Para quem achava que iria conseguir me calar, transcrevo abaixo uma música do Gabriel, O Pensador.

Leiam e reflitam...


PEGA LADRÃO!


- Vossa Excelência, agora explique,
Mas não complique
- Vossa Excelência, eu já expliquei!
Eu não vi esta lista
Eu afirmo com a mais absoluta certeza e sinceridade
Que eu nunca vi esta lista
Não sei desta lista
Não quero saber e tenho raiva de quem sabe
Quem disser que eu vi esta lista é um mentiroso
E vai ter que provar
E se provar, vai se ver comigo.

Pega ladrão!
No Governo.
Pega ladrão!
No Congresso.
Pega ladrão!
No Senado.
Pega lá na Câmara dos Deputados!
Pega ladrão!
No palanque.
Pega ladrão!
No Tribunal.
É por causa destes caras que tem gente com fome
Que tem gente matando, etcetera e tal...
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
A miséria só existe porque tem corrupção!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Tira do poder, bota na prisão!

E você, que é um simples mortal,
Levando uma vidinha legal
Alguém já te pediu um real?
Alguém já te assaltou no sinal?
Você acha que as coisas vão mal?
Ou você 'tá satisfeito?
Você acha que isto é tudo normal?
Você acha que o País não tem jeito?
Aqui não tem terremoto, aqui não tem vulcão.
Aqui tem tempo bom, aqui tem muito chão.
Aqui tem gente boa, aqui tem gente honesta.
Mas no Poder é que tem gente que não presta.

- Eu fui eleito e represento o povo brasileiro
Confia em mim que eu tomo conta do dinheiro

Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
A miséria só existe porque tem corrupção!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Tira do poder, bota na prisão!

Tira este malandro do Poder Executivo
Tira este malandro do Poder Judiciário
Tira este malandro do Legislativo
Tira do poder que eu já cansei de ser otário
Tira este malandro do Poder Municipal
Tira este malandro do Governo Estadual
Tira este malandro do Governo Federal
Tira a grana deles e aumenta o meu salário

- 'Tá vendo esta mansão sensacional?
Comprei com o dinheiro desviado do hospital

- Ha! E o meu cofre cheio de dólar...
É o dinheiro que seria prá fazer mais uma escola.

- Precisa ver minha fazenda,
Comprei só com o dinheiro da merenda.

- E o meu filhão... um milhão só de mesada,
E tudo com o dinheiro das crianças abandonadas

- E a minha esposa, não me leva à falência,
Porque eu tapo este buraco com o rombo da previdência

- Vossa Excelência, você não viu meu avião...
Comprei com uma verba que era prá construir prisão

- E a superlotação?

- Problema do povão
Não 'temo' imunidade?
Prá nós não pega não...

Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
A miséria só existe porque tem corrupção!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Tira do poder, bota na prisão!

A miséria só existe porque tem corrupção!
O desemprego só aumenta porque tem corrupção!
Violência só explode porque tem tanta miséria e desemprego
Porque tem tanta corrupção

- Todos que me conhecem sabem muito bem que eu não admito
O enriquecimento do pobre
E o empobrecimento do rico

E você, que nasceu neste país,
E que sonha e que sua prá ser feliz
Você presta atenção no que o candidato diz?
Ou você vota em qualquer um, seu babaca!
E depois da eleição, você cobra resultado?
Ou fica aí parado, de braço cruzado!
Você lembra em quem votou prá deputado?
E quem você botou lá no senado?

Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
A miséria só existe porque tem corrupção!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Pega, pega, pega, pega ladrão!
Tira do poder, bota na prisão!

- Como vocês suspeitavam
Eu realmente vi esta lista
Eu vi, mas não li!
E digo mais: eu engoli
Prá que ninguém lesse também
E foi com a melhor das intenções
Burlei a Lei, mas com toda a honestidade.

- Vossa Excelência engoliu a lista?

- Bem... Eu a coloquei para dentro do meu organismo
Num lugar seguro e escuro
De modo que, prá todos os efeitos,
Sendo assim, desta maneira,
Eu me reservo ao direito de não dizer nada mais
'Tá tudo publicado nos anais

- Mas, ontem o Senhor falou que não viu a lista,
Hoje o Senhor já fala que viu a lista
E amanhã, o Senhor...

- Ahhhh! Amanhã ninguém lembra mais
E o caso da lista vai entrar prá lista
Dos casos,
Os casos que ficaram prá trás!
Gostou?

quinta-feira, julho 25, 2002

Procura




Nas curvas do presente,
Vislumbro meu passado
Tentando enxergar seu
Próprio futuro.

Oh mitológico ser da inexistência,
Conseguirias responder-me:
“Quem sou?”
“De onde vim?”
“Para onde vou?”

São preâmbulos e prólogos
De um livro jamais escrito,
Cujos capítulos foram
Amargamente distorcidos
Pela mente doentia de seu escritor;
E cujas páginas foram ferozmente
Arrancadas pelas presas
Da fera ensandecida.

Já não posso mais caminhar
Pelas ruas, sem que a sombra
De mina distorção mental
Acompanhe-me.
Estaria eu enlouquecendo?
Não sei.
Mas, se de médico e louco
Todos têm um pouco,
Do que me preocupar?

Sigo.
Gostou?

A Meretriz





Noite e neblina sombreando o caminho da meretriz;
Frio e balbúrdia, botequim fedorento,
Porrada na mesa, perfume barato...
- Vai! Abre tuas pernas,
- Recebe teus trocos pelos sulcos profundos no teu corpo santo;

E bate a polícia e
Te bate na cara;
Te leva na marra,
Ri de teus medos.
Cospe em teus seios,
Sangra tua carne
E te joga na rua...

Manhã escaldante, rumo à favela.
A criança te espera!
Vai meretriz! Limpa teu seio,
E dá o alimento que
O teu filho te implora...
Gostou?

segunda-feira, julho 22, 2002

Quem é?



A dor em meu peito
Vem de sepulturas remotas.
Onde o abismo as abriu,
E as trevas de frio as encheram.
Será o fantasma
De minha mente,
O cadáver que dela fugiu?
Gostou?

Tédio

Nossa, que tédio!

Tô cansado de ficar pulando de um fórum para outro, ficar lendo notícias e mais notícias... putz!
Na verdade, acho que estou mesmo é casado de ficar acordado noites e mais noites. Como eu queria poder dormir. É um saco nào conseguir sentir sono antes das 4:30, 5:00. Aliás, acho até que já escrevi isto, mas dane-se.
Já tentei de tudo... Remédios, médicos, técnicas de Tai Chi... e nada. Por mais que eu tente, que eu vá deitar, não consigo dormir antes das 4:30, 5:00. E o pior é que, no máximo, 07:00 acordo sozinho, sem um pingo de sono.
Tudo bem que às vezes é legal. Mas isto já dura nào si quantos anos.
Chega um dia, que cansa. Embora meu corpo não sinta falta do sono, é um pé no saco saber que EU NÃO CONSIGO DORMIR.
Nem sei prá que ou por que estou escrevendo isto. Só sei que estou cansado, de verdade...
Gostou?

domingo, julho 21, 2002

Minhas mãos irão crescer novamente?

Transcrevo abaixo um artigo de Fritz Utzeri, jornalista ex-editor chefe do JB, alemão e filho de “nazista”. Vale para pensarmos um pouco.

“Mamãezinha, minhas mãozinhas vão crescer de novo?”



Jamais esquecerei a cena que vi, na TV francesa, de uma menina da Costa do Marfim falando com a enfermeira que trocava os curativos de seus dois cotos de braços. Era uma criança linda, de quatro anos, a face da inocência martirizada e que em seu sofrimento não conseguia imaginar a extensão do mal que lhe haviam feito.

Não entendia e ainda tinha esperanças. E não era caso isolado. Milhares de crianças daquele país foram selvagemente mutiladas por... (como qualificar quem faz isso?) ...em conseqüência de mais uma guerra, resultado tardio do colonialismo, ao criar na África países inviáveis abrigando etnias rivais, exacerbadas pelos colonizadores e massacrando-se com armas que sua gente não produz, vendidas por americanos, russos, europeus, israelenses e outros “civilizados” de boa consciência e que avaliam seus lucros em lugares como o World Trade Center. Isso para não falar do Pentágono.

Justifica-se um atentado terrorista como o de Nova Iorque? Jamais!

Temos visto, dia após dia, pela TV, cenas de destruição, tristeza e desespero.

Os aviões continuam entrando nas torres provocando uma espécie de anestesia e de videogueimezação muito comuns à nossa era eletrônica e voyerista. Fala-se em “ataque à civilização” e dá frio na espinha ouvir o semitonto presidente Bush falar em “eliminar” nações. Estamos todos tristes, mas tristeza e indignação são grandes porque os atentados ocorreram em Nova Iorque. Já estive várias vezes naquelas torres como turista ou a trabalho.

Não gostava delas, mas eram uma referência. É estranho imaginar que não estão mais lá. Dói.

Mas veja uma foto de Cabul, a capital desse Afeganistão mártir de guerras que não são suas e vítima do mais terrível fanatismo religioso. É uma ruína só. Parece aquelas cidades arrasadas na Segunda Guerra, para não falar de Hiroshima e Nagasaki. Mas como em Cabul não há Quinta Avenida nem Central Park, e como ninguém vai lá comprar tênis, videogames ou dar uma esticada depois de passear na Disney, ninguém se lixa para os milhões de mortos que quase 30 anos de guerras infligiram àquele triste lugar.

A verdade verdadeira é que não somos todos iguais. Uma bomba em Nova Iorque, em Londres ou em Paris desperta a dor do mundo. Mas quando tutsis e utus se trucidam em Ruanda, e morrem 1 milhão de africanos numa guerra, o assunto é pé de página dos jornais e os negócios das industrias de armas continuam de vento em popa. Que tal fazer cadeia mundial da CNN para mostrar freiras e padres negros mandando homens, mulheres e crianças entrarem em igrejas e depois darem gasolina para que soldados de etnia inimiga toquem fogo e assem todos vivos? Quem sabe aí o sangue de um negro, de um afegão ou de palestino possa se aproximar um pouco do valor do sangue “civilizado”?

A grande verdade é que o mundo em que vivemos foi largamente forjado por essa “civilização” que agora se diz atacada e clama contra a barbárie.

Quem cria lobos não espere viver com ovelhas. Bin Laden é made in USA, treinado e financiado pela CIA. O mesmo vale para o Talibã, milícia perversa e ginecófoba. E quem criou Saddam Hussein, hoje inimigo mortal dos americanos? Quando geraram esses lobos, durante a Guerra Fria, para lutar contra uma ideologia política, os alquimistas da inteligência (?) americana alimentaram uma ideologia religiosa e soltaram o diabo da garrafa. E agora?

Ao longo da história, o homem “civilizado” globalizou todas as suas mazelas. A Europa nos explorou vergonhosamente. Ouro do Brasil e prata da Bolívia financiaram a revolução industrial a custo zero. Exterminaram povos que aqui viviam, escravizaram milhões de africanos e chegaram a fazer guerra aos chineses para obrigá-los a fumar ópio. O século 20 foi uma seqüência de genocídios. Em nosso continente uma sucessão de ditaduras sangrentas, sustentados pelo Big Stick, só geraram morte, fome, injustiça social, atraso e dependência. No Oriente, essa política arrogante e predatória transformou o islã, uma religião de paz e tolerância, dando origem a um fanatismo doentio e letal que não encontra guarida ou justificação no Corão, envolvendo parte dos muçulmanos numa “guerra santa” (Jihad) de pobres contra ricos, pessoas dispostas a imolar-se e que acreditam numa recompensa eterna por seus atos. Eles têm uma fé, por mais doentia que seja, e dão a vida por ela. O que temos nós a contrapor a gente assim? Nós, hedonistas, materialistas, cínicos e poderosos. Cristãos de nome, mas incapazes de aprender ou de seguir um só versículo do que disse Jesus. O que nos tornamos? Que mundo construímos?

Na era da globalização, em que o neoliberalismo institui o deus mercado que tudo resolve, surgem os efeitos demonstração.

Primeiro: o Estado é fraco, impotente. É possível hoje a um grupo de indivíduos determinados pôr de joelhos o maior poder sobre a Terra. Basta saber pilotar, arranjar alguns estiletes, armas vulgares, de revolta de cadeia e dar início ao apocalipse.

Quem é o inimigo? O que vai fazer Bush? Arrasar o Afeganistão? Matar centenas de milhares de inocentes?

Invadir o Indo Kush, onde se refugia Bin Laden e levar à morte milhares de jovens americanos? Indo Kush quer dizer matador de indianos. Ali, ao longo dos séculos, desapareceram impérios inteiros. Foi nessas terras quase lunares que Alexandre enlouqueceu e morreu acreditando-se um deus.

O segundo efeito é a globalização da guerra. Desde a batalha de Gettysburg, na Guerra Civil, que os Estados Unidos não sabem o que é ter conflito em casa. Para eles a guerra só chegava pelo cinema, pela TV, como no Vietnam, ou ainda pelas bandeiras envolvendo os caixões dos jovens soldados mortos além-mar. Cresci com minha mãe contando como corria para salvar-se de 1.500 bombardeiros americanos e ingleses que vinham despejar sua carga assassina contra Berlim em 1944. Três vezes por dia! Era horror puro. O mundo estava em guerra, o nazismo era o mal absoluto e tinha de ser erradicado, mas os aviões não queriam aniquilar chefões nazistas, tropas ou objetivos militares. Queriam era matar a minha mãe e os milhões de cidadãos de Berlim que nada tinham com os crimes do nazismo e que só podiam correr e rezar.

Talvez estejamos apenas assistindo ao começo de um ciclo que poderá nos levar de volta à barbárie. Hoje o terror usa aviões, amanhã poderá usar bombas atômicas “esquecidas” em contêineres. Não há limites para a irracionalidade humana. Mas entrando no caminho do “olho por olho” vamos todos acabar cegos, segundo dizia Gandhi. E não nos iludamos. A história da humanidade não é uma linha ascensional contínua em direção à luz ou à razão. Podemos muito bem caminhar para trás, apesar (ou talvez por causa) de nossa imensa tecnologia e nosso poder. Roma e o mundo romano em seu auge eram muito melhores do que a Europa em grande parte da Idade Média.

Como manter a paz num planeta onde boa parte da humanidade não tem acesso às necessidade básicas mais elementares? Como impedir que os que vivem um cotidiano de guerra e destruição, de sangue e ódio, sentindo-se oprimidos e injustiçados, não comemorem? Como reduzir o abismo entre o camponês afegão, a criança faminta do Sudão, o Severino da cesta básica e o corretor de Wall Street? Como explicar ao menino de Bagdá que morre por falta de remédios, bloqueados pelo Ocidente, que o mal se abateu sobre Manhattan? Como dizer aos chechenos que o que aconteceu nos Estados Unidos é um absurdo? Vejam Grozny, a capital da Chechênia, arrasada pelos russos.

Alguém se incomodou com o sofrimentos e as milhares de vítimas civis, inocentes, desse massacre? Ou como explicar à menina da Costa do Marfim o sentido da palavra “civilização” quando ela descobrir que suas mãos não crescerão jamais?
Gostou?

sábado, julho 20, 2002

Vale a pena ver de novo a zona geral do país?

Meninos, eu vi...

Eu vi as empregadas gritando, a cozinheira chorando, o rádio dando a noticia: “Getúlio deu um tiro no peito!”

Eu, pequeno, imaginava o peito sangrando - como é que um homem sai da presidência para o nada?

Meninos, eu ouvi, anos depois, no estribo de um bonde: “O Jânio renunciou!” Como? Tomou um porre e foi embora depois de proibir o biquíni, briga de galo e de dar uma medalha para o Che, eu vi a história andando em marcha à ré e eu entendi ali, com o Jânio saindo, que os bons tempos da utopia de JK tinham acabado, que alguma coisa suja e negra estava a caminho como um trem fantasma andando pra trás; depois, meninos, eu vi o fogo queimar a UNE, onde chegaria o “socialismo tropical”, em abril de 64, quando fugi pela janela dos fundos, enquanto o General Mourão Filho tomava a cidade, dizendo: “Não sei nada. Sou apenas uma vaca fardada!”

Eu vi, meninos, como num pesadelo, a população festejando a vitória do fascismo, com velas na janela e rosários na mão; vi a capa do “O Cruzeiro” com o novo presidente da República de boné verde, baixinho, feio, quem era? Era o Castelo Branco e senti que surgia ali um outro Brasil desconhecido e, aí, eu vi as pedras, os anúncios, os ônibus, os postes, o meio-fio, os pneus dos carros, como um filme de horror; eu, que vivera até então de palavras utópicas, estava sendo humilhado pela invasão do terrível mundo das coisas reais.

Depois, vi a tristeza dos dias militares, “Brasil: ame-o ou deixe-o”, a Transamazônica arrombando a floresta, vi o rosto patético de Costa e Silva, a gargalhada da primeira perua Yolanda, mandando o marido fechar o Congresso, vi e ouvi Jorge Curi na TV, numa noite imunda e ventosa de dezembro lendo o AI-5, o fim de todas as liberdades, a morte espreitando nas esquinas, a gente enlouquecendo e fugindo pela rua em câmera lenta, criminosos na própria terra.

Depois, vi o rosto terrível do Médici, frio como um vampiro, com sua mulher do lado, muito magra, infeliz, vi tudo misturado com a Copa do mundo de 70, Pelé, Tostão, Rivelino e porrada, tortura, sangue dos amigos guerrilheiros heróicos e loucos, eu sentindo por eles respeito e desprezo, pela coragem e pela burrice de querer vencer o Exército com estilingues; não vi, mas muitos viram meu amigo Stuart Angel morrendo com a boca no cano de descarga de um jipe, dentro de um quartel, na frente dos pelotões, enquanto, em São Paulo, Herzog era pendurado numa corda e os publicitários enchiam o rabo de dinheiro com as migalhas do "milagre" brasileiro, enquanto as cachoeiras de Sete Quedas desapareciam de repente.

Depois eu vi os órgãos genitais do General Figueiredo, sobressaindo em sua sunguinha preta, ele fazendo ginástica, nu, para a nação contemplar, era nauseante ver o presidente pulando a cavalo, truculento, devolvendo o país falido aos paisanos, para nós pagarmos a conta da dívida externa, vi as grandes marchas pelas "diretas" e vi, estarrecido, um micróbio chegando para mudar nossa história, um micróbio andando pela rua, de galochas e chapéu, entrando na barriga do Tancredo na hora da posse e matando o homem, diante de nosso desespero, e eu vi então a democracia restaurada pelo bigodão de Sarney, o homem da ditadura, de jaquetão, posando de oligarca esclarecido.

Vi o fracasso do Plano Cruzado, depois eu vi a volta de todos os vícios nacionais, o clientelismo, a corrupção, a impossibilidade de governar o país, a inflação chegando a 80% num único mês, meninos, eu vi as maquininhas do supermercado fazendo tlec tlec tlec como matracas fúnebres de nossa tragédia, eu vi tanta coisa, meninos, eu vi a inflação comer salários dos mais pobres a 2% ao dia, eu vi o massacre de miseráveis pela fome, ou melhor, eu não vi os milhões de mortos pela correção monetária, não vi porque eles morriam silenciosamente, longe da burguesia e da mídia, mas vi os bancos ganhando bilhões no over e no spread , dólares no colchão, a sensação de perda diária de valor da vida, eu vi a decepção com a democracia, pois tudo tinha piorado.

Eu vi de repente o Collor vindo de longe, fazendo um cooper em direção a nosso destino, bonito, jovem, fascinando os otários da nação, que entraram numa onda política “aveadada”, dizendo: “Ele é macho, bonito e vai nos salvar...”, eu vi o Collor tascar a grana do país todo e depois a nação passar dois anos "de quatro", olhando pelo buraco da fechadura da Casa da Dinda, para saber o que nos esperava, eu vi Rosane Collor chorando porque o presidente tirara a aliança, eu vi a barriga de Joãozinho Malta, irmão da primeira-dama, dando tiros nas pessoas, eu vi a piscina azul no meio da caatinga, eu vi depois a sinistra careca de PC juntando o bilhão do butim, eu vi Zélia dançando o bolero com Cabral em cima de nossa cara, eu vi a guerra dos irmãos Collor, Fernando contra Pedro e, depois, como numa saga grega, eu vi o câncer corroendo-lhe a cabeça, eu vi o impeachment.

Eu vi tanta coisa, meninos, e depois eu vi, por acaso, por mero acaso, por uma paixão de Itamar, eu vi o Fernando Henrique Cardoso chegar ao poder, com a única tentativa de racionalidade política de nossa história num antro de fisiológicos e ignorantes e, aí, eu vi a maior campanha de oposição de nossa época, implacável, sabotadora, eu vi a inveja repulsiva da Academia contra ele, eu vi a traição de seus aliados, todos unidos contra as reformas, uns agarrados na corrupção e outros na sobrevida de suas doenças ideológicas infantis.

E agora eu vejo o estranho desejo de regresso ao mundo do atraso, do erro e das velhas utopias. Vejo a direita se organizando para cooptar a oposição, comendo-a, vejo um exército de oligarcas se preparando para a vingança, vejo ACM, Barbalhos e Sarneys prontos para tomar o Congresso de assalto, para impedir qualquer mudança e voltar aos bons tempos da zona geral.

Meninos, vocês viram também, mas acho que esqueceram!
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quinta-feira, julho 11, 2002

Doce Liberdade

Finalmente, estou LIVRE para navegar normalmente, sem restrições. Durante estes vinte e poucos dias que não pude navegar, foi difícil prá cacete. Mas tudo bem. Achei, inclusive, que o tempo de minha "reclusa" seria maior.

Agora, o difícil é colocar as coisas em ordem. E-mail's prá responder, fórum, ICQ com uma pancada de coisas penduradas, etc... E, prá sacanear legal, justamente no dia em que pretendo voltar à ativa, estou com uma puta dor no peito, que mal consigo pensar. Mas não desisto. Enquanto conseguir, vou ficar por aqui.

Agora, vou dar uma olhada no fórum. Faz um tempo que não apareço por lá.

Fui!
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quarta-feira, julho 10, 2002

Imagine

Imagine que não haja o paraíso
É fácil se você tentar
E que não há um inferno abaixo de nós
E acima de nós, só há o firmamento
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o dia de hoje
Imagine que não haja países
Não é difícil tentar
Nada pelo qual se mate ou se morra
E nem religiões também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
Imagine que não haja posses
Fico pensando se você consegue
E nenhuma necessidade de ganância ou fome
Apenas uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas
Partilhando o mundo inteiro
Você até pode dizer que sou um sonhador
Mas não sou o único
E espero que algum dia você junte-se a nós
E o mundo será como um só
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Os Imperdoáveis

Sangue novo se junta a esta terra
E rapidamente ele é subjugado
Atravessando constante e penante desgraça
O jovem garoto aprende suas regras

Com o tempo a criança é enganada
Este rapaz subjugado fez errado
Desprovido de todos os seus pensamentos
O jovem homem aguenta e aguenta, ele sabe
Um juramento para si mesmo
Que nunca a partir deste dia
Eles tomariam o seu destino

O que eu senti
O que eu soube
Nunca apareceram no que eu mostrei
Nunca ser
Nunca ver
Não ver o que devia ser

O que eu senti
O que eu soube
Nunca apareceram no que eu mostrei
Nunca livre
Nunca eu mesmo
Então eu os nomeio imperdoáveis

Eles dedicaram suas vidas
A tomar tudo deles
Ele tenta satisfazer a todos
Este homem amargo ele se torna
Por toda a sua vida o mesmo
Ele lutou constantemente
Esta luta ele não pode vencer
Um homem cansado eles vêem, não importa mais
O velho homem então se prepara
Para morrer cheio de arrependimentos
Este velho homem aqui sou eu

Vocês me rotularam
Eu rotularei vocês
Então eu os nomeio imperdoáveis
Gostou?

Qualquer Lugar Está

Eu caminho pelos labirintos dos momentos
Mas para toda parte que me dirijo
Começa um novo começo
Que nunca encontra seu final
Eu caminho até o horizonte
E lá eu enconro outro
Tudo parece surpreendente
E então descubro que já sei

Se você vai lá, você se vai para sempre
Se eu for lá, eu perderei meu caminho
Se ficarmos aqui, não estamos juntos
Porque em qualquer parte se está

A lua sobre o oceano
É levada pelo movimento
Mas sem nunca saber
A razão de continuar fluindo
No movimento do oceano
A lua ainda continua se movendo
As ondas ainda continuam ondulando
E eu ainda continuo seguindo em frente

Se você vai lá, você se vai para sempre
Se eu for lá, eu perderei meu caminho
Se ficarmos aqui, não estamos juntos
Porque em qualquer parte se está

Eu me pergunto se o sinal das estrelas
Na vida que tem que ser minha
Se a luz delas brilhariam
O suficiente para que pudesse seguir
Eu olho para o céu
Mas a noite o encobriu com nuvens
Nenhum piscar de constelações
Não vejo "Vela" e nem "Orion"

As conchas sobre as areias quentes
Trazem de suas próprias terras
O eco de suas histórias
Mas tudo que ouço são sons baixinhos
Como palavras ditas no travesseiro
E o ondular do salgueiro está partindo
Mas eu deveria estar acreditando
Mas eu estou apenas sonhando

Se você vai lá, você se vai para sempre
Se eu for lá, eu perderei meu caminho
Se ficarmos aqui, não estamos juntos
Porque em qualquer parte se está

Para sair do caminho do tempo inteiro
E deixá-lo fazer uma linha escura
Com esperanças que eu ainda encontre
O caminho de volta ao momento
Eu peguei o desvio e voltei
Começo um novo começo
Ainda procurando a resposta
Eu não encontro um final
Será que para este ou para aquele lado
Deve ser de um jeito ou de outro
Deve ser em uma direção
Deve ser dentro do reflexo
A direção que acabo de tomar
A volta que eu estava dando
Eu posso apenas estar começando
Eu já posso estar próximo do final.
Gostou?

Somente o Tempo

Quem pode dizer para onde a estrada vai,
Para onde o dia flui?
Somente o tempo...

E quem pode dizer se o seu amor se desenvolverá
Da forma como seu coração escolheu?
Somente o tempo...

Quem pode dizer por quê seu coração suspira
Conforme seu amor vai embora rapidamente?
Somente o tempo...

E quem pode dizer por quê seu coração chora
Quando seu amor morre?
Somente o tempo...

Quem pode dizer quando as estradas se encontram?
Aquele amor talvez esteja
Em seu coração...

E quem pode dizer quando o dia adormece,
Se a noite possui todo o seu coração?
A noite possui todo o seu coração...

Quem pode dizer se o seu amor se desenvolverá
Da forma como seu coração escolheu?
Somente o tempo...

E quem pode dizer para onde a estrada vai,
Para onde o dia flui?
Somente o tempo...

Quem sabe?
Somente o tempo...

Quem sabe?
Somente o tempo...
Gostou?

Maluquice

Pode parecer maluquice (e provavelmente é!), mas resolvi colocar algumas letras de músicas que têm (e tiveram) algum significado para mim.
Gostou?

terça-feira, julho 02, 2002

Levando Porrada!

Como é fácil manipular uma massa, enquanto censuram alguns poucos que resolvem não se calar e gritar a verdade.

Parafraseando Gabriel, até quando vamos ficar levando porrada sem fazer nada?

Já chega! É hora de darmos o troco.

E não adiante virem me dizer que temos justiça e poder constituído no Brasil.
O que chamam de poder constituído não passa de um bando de ladrões filhas da puta. Pudera eu, e os colocaria todos em um paredão e meteria porrada neles até caírem mortos.

A única dúvida seria se eu começaria pelo idiota do Fernando Henrique ou o deixaria por último.

Eu juro que tenho vontade de, literalmente, MATAR todos eles.

Porque? Simples! Por não suportar mais as caras deles rindo do POVO brasileiro. Tiram sarro da nossa cara o tempo todo.

A última deles é esta nota besta de vinte reais. Não tenho nada contra o Mico Leão Dourado. Só acho uma puta sacanagem que este pobre animal sirva como objeto de humilhação.

Que legal! Há anos que o brasileiro vive pagando mico, e agora resolveram oficializar.

Finalmente, saiu a sentença do Lalau. Sentença???? hahahahaha. 8 anos, pagando míseros R$ 1.920.000,00 de multa (será que o filha da puta do juiz que deu esta multa lembra de quanto foi o rombo?), e o cara ainda vai poder recorrer à liberdade condicional com 1/3 da pena.

E os passeios do Fernadinho Beira-Mar? Quem tá pagando a conta? Não seria muito mais fácil e mais barato simplesmente meter uma bala na cabeça do cara e ainda fazer a família dele pagar pela bala?

E continuamos tendo um verdadeiro festival de bestialidades nos famigerados horários políticos.

E, por favor, não venham me falar de democracia no Brasil. Não tentem usar de mais esta hipocrisia para tentar arrancar votos de incautos eleitores.
Na verdade, o que eu gostaria era que os brasileiros resolvessem trocar os votos por balas nas testas de todos vocês, que se dizem defensores da moralidade e dos bons costumes. Talvez assim, se eliminássemos toda esta corja que ai está, não importa a cor da bandeira que carregam, no fim todos lambem o mesmo vômito, talvez que eliminássemos todos, novos valores surgissem.

E que não venho os idiotas do Direitos Humanos me encherem o saco por eu falar que criminoso (e considero estes políticos como tais) deveria receber uma bala no meio da cara. Vão procurar outra coisa para fazer, ao invés de ficarem defendendo bandidos de todas as classes. Vocês têm a audácia de defenderem um estrupados. Se eles tivessem estuprado suas filhas ou seus filhos, vocês também os defenderiam?
Por hoje, vou ficando por aqui. Se continuar escrevendo, quem ler isto vai achar que é um louco varrido que está vomitando estas palavras. Mas sou apenas um cara, que querem calar, mas que não vão consegui.
E tenho dito.
Gostou?
Será Petróleo?